Governo Lula teme interferência dos EUA na eleição
Apesar da boa relação entre Lula e Trump, o governo avalia risco de interferência dos EUA em 2026, citando ações recentes na Argentina e em Honduras.
O governo de Lula reconhece a ‘química’ entre os presidentes, mas considera provável uma tentativa de interferência dos EUA na disputa brasileira de 2026, semelhante a episódios recentes na região.
Autoridades apontam que a redução de tarifas e o levantamento de sanções da Lei Magnitsky podem ser um recuo tático de Washington, após a crise gerada pela tentativa de obstruir a prisão de Jair Bolsonaro.
A avaliação pública do Planalto é que Trump pode apoiar abertamente o candidato de direita e usar instrumentos diplomáticos e econômicos, por isso o governo busca medidas preventivas e cooperação internacional, conforme divulgado pela FolhaPress.
Precedentes na América Latina
O governo cita a Argentina, onde Washington condicionou ajuda a um bom desempenho da direita, e Honduras, com apoio explícito a candidatos conservadores e decisões como indulto a aliados, como exemplos de interferência dos EUA.
Medidas de “vacina” e cooperação
Como proteção, o Brasil tem ampliado a cooperação com os EUA no combate ao crime transnacional, uma das chamadas vacinas diplomáticas para reduzir tentativas de intervenção por motivos de segurança.
Risco de ação militar e negociações bilaterais
O governo coloca a prevenção de ação militar na Venezuela como prioridade, teme precedentes que justifiquem intervenções e negocia retirada de tarifas e restituição de vistos em reuniões previstas para janeiro.


