O Departamento de Serviços Correcionais e de Reabilitação da Califórnia rejeitou, nesta sexta-feira (29), o pedido de liberdade condicional de Lyle Menendez, condenado junto ao irmão Erik pelo assassinato dos pais em 1989, em Los Angeles. A decisão, anunciada após 11 horas de deliberação, ocorreu apenas um dia depois de Erik também ter recebido resposta negativa.

Segundo a comissão responsável, Lyle, hoje com 57 anos, ainda representa risco à sociedade caso deixe a prisão. Durante a audiência de Erik, o caçula admitiu que, por anos, não seguiu regras internas por acreditar que jamais teria chance de ser solto. O histórico inclui acusações de ligação com gangues, uso de drogas, fraudes fiscais e brigas.

Condenados a prisão perpétua por homicídio em primeiro grau, os irmãos poderão tentar novamente a liberdade condicional em três anos. Em maio, após 35 anos de reclusão, a pena foi reduzida para 50 anos, permitindo o atual pedido.

O caso, que ganhou repercussão mundial e voltou a ser discutido com o lançamento de um documentário da Netflix em 2024, divide opiniões até hoje. Para a acusação, os irmãos mataram para herdar uma fortuna de US$ 14 milhões; já a defesa sustenta que o crime foi resultado de anos de abusos cometidos pelo pai com conivência da mãe.