Cantora afirma ter recusado oferta milionária em campanha de 2022; críticas ao partido reacendem debates sobre práticas eleitorais do PT
Por Cláudio Ulhoa
A cantora Jojo Todynho afirmou, em entrevista recente, que foi alvo de uma tentativa de cooptação pelo Partido dos Trabalhadores (PT) durante as eleições de 2022. Segundo Jojo, a oferta de R$ 1,5 milhão foi feita em um almoço, com o objetivo de garantir seu apoio à candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva. “Desculpa, gente, não vai rolar. Não vendo minha opinião”, declarou a influenciadora, rejeitando a proposta.
A revelação expõe uma prática que, segundo críticos, tem sido usada pelo PT para atrair apoios de figuras públicas, utilizando recursos que levantam questionamentos sobre a transparência do financiamento eleitoral. Embora o partido negue a acusação e afirme que irá processar Jojo Todynho, a declaração trouxe à tona antigos debates sobre o uso de dinheiro público ou de origem duvidosa nas campanhas petistas.
O ex-deputado Deltan Dallagnol já protocolou uma notícia-crime na Procuradoria-Geral da República, pedindo investigação sobre a denúncia. Ele aponta que, se confirmada, a oferta pode configurar crimes como falsidade ideológica eleitoral e uso indevido de recursos em campanha.
Jojo, que se posiciona como de direita, criticou o governo Lula, destacando problemas em segurança, saúde e educação. A cantora também reforçou que não cedeu à pressão financeira, enquanto nas redes sociais, sua postura foi elogiada por muitos como exemplo de integridade.
O episódio coloca o PT mais uma vez sob os holofotes, reacendendo as críticas sobre sua conduta em campanhas eleitorais.