Lewandowski esquece a Bola de Ouro: "Se não fosse por CR7 e Messi…"

Publicado em: 14/09/2025 11:16

Robert Lewandowski concedeu uma extensa entrevista à edição deste domingo do jornal britânico The Times na qual confessou que, aos 37 anos de idade, e após tantas temporadas ao mais alto nível, no futebol europeu, já não alimenta a esperança de vir a conquistar a Bola de Ouro, o troféu entregue, anualmente, pela revista France Football ao melhor jogador do mundo.

“Conquistei tudo na minha vida, com exceção da Bola de Ouro. Eu acredito que poderia tê-la conquistado, mas não posso mudar isso. Não sinto, de qualquer maneira, que seria um futebolista ou um homem diferente se conquistasse este troféu”, começou por afirmar o jogador do Barcelona.

“Há várias coisas em torno do futebol, até política, por vezes… Eu entendo como é que isso funciona. Não vou dizer ‘Não, já não quero conquistá-la’. Não sou esse tipo de pessoa, mas já não estou sonhando com isso. Não é como se não conseguisse dormir pensando na Bola de Ouro”, acrescentou.

O atacante assumiu, ainda, que dois dos principais ‘culpados’ por não ter erguido o prêmio são… Cristiano Ronaldo e Lionel Messi: “Eu vivi num período com Ronaldo e Messi, e podemos sempre dizer que, se eles não estivessem lá, nos últimos 15 anos, talvez eu tivesse conquistado mais, mas olho para isso de uma maneira diferente. O fato de ter compartilhado a minha vida futebolística com eles significa que alcancei mais”.

O desafio de lidar com Lamine Yamal e companhia

Na mesma entrevista, Robert Lewandowski confessou que chegar ao Barcelona, no verão de 2022, proveniente do Bayern Munique, em uma negociação na ordem dos 45 milhões de euros, onde o clube procurava ‘renascer’, após a partida de Lionel Messi para o Paris Saint-Germain, a ‘custo zero’, não foi fácil.

“Tenho de dizer que foi um grande desafio. Eu vinha de uma geração diferente e tive de aprender como, não pensar como um adolescente, mas pensar em como é que poderia tentar retirar aquilo que de melhor eles têm. Estou no futebol há quatro décadas, por isso, quando me comparo com eles, nem sequer com a minha geração, mas com a geração antes da minha, quando comecei, constato que é completamente diferente”, assumiu.

“Por exemplo, gritar costumava ser uma maneira de motivar toda a gente. Agora, se gritas demasiado, a reação deles não é a mesma. Não pensam ‘Agora, vou demonstrar-te que estás errado’. Não, agora, tens de explicar de outra maneira. Agora, tens de trabalhar mais a parte mental do futebol. Não tem a ver apenas com jogadores, são pessoas, é esta geração. Não quis lutar contra isso. Tive de aprender”, prosseguiu.

Terminando, Robert Lewandowski abordou a súbita ‘ascensão’ do companheiro de equipe, Lamine Yamal: “O enorme desafio para ele não será no próximo ano ou no ano seguinte, mas sim daqui a três anos ou até mais tarde, para encontrar as facetas mentais para continuar a ter fome”.

“Ele não tem culpa da maneira como o mundo olha para ele, mas pode ser difícil manter esta sensação de como ele joga no jardim, com as expectativas e a atenção das redes sociais. Tens tantos jogos, é tão intenso… Ninguém desta idade consegue manter, durante dez ou 15 anos, a sensação que o Lamine tem”, rematou.

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