Luis Suárez fala de Messi e das críticas: "Diziam que estava gordo"
Luis Suárez concedeu uma longa entrevista ao jornal espanhol Sport, publicada nesta segunda-feira (17), em que falou sobre diferentes fases da carreira, as críticas que enfrentou e a relação de amizade com Lionel Messi. O atacante uruguaio, hoje no Inter Miami, afirmou que aprendeu a transformar as críticas em motivação desde o início da trajetória no Nacional, do Uruguai.
“Muitas vezes penso que posso ser um exemplo de rebeldia, resiliência e superação. Por outro lado, há muitas coisas em que não sou um exemplo, e eu reconheço isso. Sempre lutei contra as críticas. Estreei no Nacional com 18 anos e já me criticavam por perder gols”, afirmou o jogador.
Suárez relembrou que as críticas o acompanharam por toda a carreira, passando por clubes como Groningen, Ajax, Liverpool, Barcelona e Atlético de Madrid. “Diziam que eu estava acima do peso na Holanda, e no Liverpool me atacaram por indisciplina. Depois, no Barcelona, me criticaram quando passei por momentos difíceis. No fim, tudo isso me tornou mais forte. Nunca deixei que as críticas me derrubassem, e as pessoas nunca me viram cabisbaixo por causa delas”, disse.
Sobre o reencontro com Lionel Messi no Inter Miami, o uruguaio destacou a conexão construída ao longo dos anos. “Com o tempo, fomos nos conhecendo cada vez mais, dentro e fora de campo. Sabemos quando o outro está de bom ou mau humor, quando é hora de conversar ou de ficar em silêncio. Nossos filhos também convivem bastante, e isso cria um vínculo ainda maior”, contou.
Segundo Suárez, jogar novamente com Messi é a realização de um plano que os dois traçaram no período de Barcelona. “O momento que vivemos hoje é muito bonito. Às vezes olhamos um para o outro e pensamos que estamos cumprindo o que dissemos no Barça: encerrar a carreira jogando juntos e aproveitando cada momento”, afirmou.
O atacante também fez questão de elogiar o argentino. “Não há mais palavras para descrevê-lo. Dentro de campo, é único e continua fazendo coisas incríveis. Ele ainda tem aquela obsessão de vencer, e isso contagia todos ao redor. Às vezes o time ganha, mas ele fica chateado porque queria que outro jogador marcasse. Esse é o espírito competitivo que faz do Messi alguém diferente.”



