Envio de embaixadora brasileira à posse do líder venezuelano gera revolta e expõe hipocrisia do governo brasileiro
A presença da embaixadora brasileira Gilvânia Oliveira na posse de Nicolás Maduro, na Venezuela, desencadeou uma onda de críticas contra o governo Lula. Parlamentares e governadores conservadores classificaram o gesto como uma afronta à democracia e um endosso a um regime autoritário conhecido por repressão, violações de direitos humanos e conexão com o narcotráfico.
Romeu Zema, governador de Minas Gerais, afirmou que o envio da representante “ignora a vontade popular e desrespeita os princípios democráticos”. Já Ronaldo Caiado, governador de Goiás, declarou que cancelar a participação seria uma “obrigação moral”, condenando o alinhamento com um ditador responsável pelo sofrimento de milhões de venezuelanos.
No Congresso, o senador Ciro Nogueira ironizou a hipocrisia do governo, que dois dias antes celebrava a democracia em Brasília, mas agora homenageia um líder acusado de comandar um narcoestado. Deputados como Nicolas Ferreira também destacaram o contraste com líderes de esquerda, como o chileno Gabriel Boric, que publicamente reconheceu Maduro como ditador.
Críticos veem no episódio uma demonstração clara do fetiche do governo Lula por ditaduras comunistas, enquanto a população venezuelana sofre com fome, repressão e a destruição do país. A indignação cresce diante da postura contraditória de um governo que prega a democracia, mas dá as mãos a regimes autoritários.