Suspensão do “Carro Pipa” deixa 270 mil moradores sem acesso à água enquanto governo prioriza articulações políticas em Brasília

Por Cláudio Ulhoa

A crise hídrica no semiárido brasileiro ganhou novos contornos de desespero após o Exército anunciar a suspensão do programa “Carro Pipa” na Paraíba. A decisão foi justificada pela falta de repasses financeiros do governo Lula, deixando 159 municípios e cerca de 270 mil moradores sem acesso à água potável. A interrupção imediata atinge principalmente pessoas físicas, enquanto instituições mantêm o serviço apenas até 2 de dezembro.

O corte ocorre em um estado que deu a Lula 66,6% dos votos no segundo turno das eleições de 2022, gerando críticas sobre a falta de reciprocidade do governo federal com as regiões que o elegeram. Sem soluções concretas, comunidades vulneráveis enfrentam um cenário de calamidade iminente, enquanto o governo prioriza articulações políticas e alianças para manutenção de poder em Brasília.

Além da suspensão, o episódio reacende o debate sobre a ineficiência estatal em gerenciar serviços básicos. Críticos apontam que o excesso de intervenção pública impede avanços estruturais, como a privatização de serviços essenciais, incluindo saneamento básico, uma pauta sistematicamente travada pelo PT.

Com promessas de governar para todos, o governo Lula parece ignorar as necessidades dos mais vulneráveis, que, ironicamente, foram seu principal pilar eleitoral. A pergunta que ecoa é: até quando o Nordeste será deixado à própria sorte?