
Soberano Opina | A opinião que se impõe
Por Cláudio Ulhoa
Maduro corre para a China e revela seu desespero
A ida do ditador à embaixada chinesa mostra que até seus aliados já não lhe oferecem garantias
Por Cláudio Ulhoa
Nicolás Maduro já não consegue esconder o colapso do seu regime. A cena do ditador venezuelano correndo para a embaixada da China em Caracas, em busca de proteção, é simbólica: traduz medo, isolamento e o fim de uma era de bravatas chavistas. Acostumado a posar de líder anti-imperialista, Maduro agora se apega ao pragmatismo chinês, que até em sua nota contra os Estados Unidos deixou claro que não pretende arriscar um conflito direto para salvá-lo. O máximo que Pequim pode oferecer é apoio diplomático e, no limite, um asilo político quando o regime finalmente ruir.
Enquanto isso, Vladimir Putin, antes chamado de “grande aliado”, permanece em silêncio. O encontro recente entre o líder russo e Donald Trump apenas reforçou a suspeita de que Caracas virou moeda de troca em um tabuleiro maior. A Rússia, fragilizada pela guerra na Ucrânia, não tem condições de sustentar aventuras militares na América Latina. Para Maduro, a sensação é de traição e abandono.
Sem respaldo externo, o ditador se agarra ao que resta: forças armadas corroídas pela insatisfação, desertores denunciando abusos e uma população exausta de crises. A tentativa de armar civis para criar uma “resistência popular” soa mais como desespero do que estratégia, e só aumenta a rejeição interna. Com uma recompensa milionária dos Estados Unidos por sua captura, até seus homens de confiança podem ver vantagem em entregá-lo.
Maduro já não é o “comandante” de um projeto revolucionário. É apenas um sobrevivente político, encurralado e cada vez mais próximo de ver seu castelo de cartas desmoronar diante dos olhos do mundo.
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