Caso envolve sequestro internacional após criança sair do Brasil em voo irregular com documentos supostamente falsos; disputa de guarda corre no Brasil e Portugal.

Uma servidora pública do Piauí afirma que o ex-marido português levou o filho para Portugal sem autorização judicial, em um voo irregular, e com uso de documentos supostamente falsos. O conflito de guarda já dura mais de dois anos.

Os pais se separaram em 2023. Ana Beatriz diz que entregou a criança ao pai durante férias autorizadas e, pouco depois, recebeu mensagem informando que o menino já estava a caminho da Europa, sem seu conhecimento ou consentimento.

Ela registrou ocorrência por sequestro internacional. A apuração indica saída de um aeródromo particular em Altos (PI), escalas em Paragominas e Oiapoque, e chegada a Viana do Castelo, em Portugal, dois dias depois, conforme divulgado pelo g1.

Investigação e rota do voo

Relatos da investigação dizem que o primeiro trecho partiu de Altos em aeronave sem autorização para táxi aéreo, com o pai, a avó paterna e outras pessoas a bordo. Há suspeita de apresentação de documentos falsos aos pilotos.

Acusações e defesa

Advogados do pai afirmam que a mãe teria, em momento distinto, retirado a criança irregularmente, versão que Ana Beatriz nega. Ela sustenta ter cumprido decisões judiciais e busca reverter a situação do sequestro internacional.

Decisões judiciais nos dois países

No Brasil, o Tribunal Regional Federal da 1ª Região entendeu que a residência habitual da criança é em Portugal e determinou que o processo de guarda tramite naquele país; a defesa da mãe informou que vai recorrer.

Situação atual e contato entre pais e filho

Em Portugal, a Justiça concedeu ao pai guarda unilateral provisória. Ana Beatriz relata dificuldade de contato com o filho e diz tê-lo visto apenas cinco meses depois, em encontro supervisionado. Investigações e processos continuam em andamento.