Ex-ajudante de ordens de Bolsonaro é investigado por fraudes em vacinas, joias e suposta tentativa de golpe; dados recuperados acendem alerta sobre omissões
O ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, tenente-coronel Mauro Cid, volta a prestar depoimento à Polícia Federal nesta terça-feira (19), na sede do órgão em Brasília. Cid, que firmou acordo de delação premiada, é uma peça central em investigações que abrangem fraudes em certificados de vacinação contra a Covid-19, esquemas relacionados a joias de autoridades estrangeiras e até uma suposta tentativa de golpe de Estado.
Preso em 2023, o militar foi acusado de inserir dados falsos no sistema do Ministério da Saúde, o que despertou suspeitas sobre sua participação em outras irregularidades. Mensagens apreendidas pela PF revelaram discussões sobre a minuta de um golpe e ações para desacreditar o sistema eleitoral e o Poder Judiciário. Agora, novas provas recuperadas por tecnologia israelense indicam que documentos apagados por Cid podem conter informações relevantes para o desdobramento das investigações.
Apesar de a delação seguir válida, a PF desconfia que Cid ainda não revelou tudo o que sabe. Ele terá a oportunidade de esclarecer os fatos e evitar possíveis sanções, como a rescisão do acordo, que poderia comprometer sua liberdade provisória.
O depoimento é mais uma peça no quebra-cabeça que envolve personagens do alto escalão e investigações que prometem desdobramentos significativos. Enquanto isso, a PF segue atenta a possíveis omissões, em busca de respostas que possam conectar os pontos desta complexa trama.