Messias intensifica rodada de encontros com senadores e conta com ligações de ministros do STF enquanto governo tenta negociar com o Senado para destravar indicação.

O advogado-geral da União, Messias, entrou em modo de articulação intensa para reunir votos no Senado, fazendo agendas presenciais e telefonemas para parlamentares aliados e resistentes.

Além do contato com senadores, ministros do STF têm telefonado a parlamentares em apoio à nomeação, em tentativa de ampliar a base de apoio antes da sabatina prevista para 10 de dezembro.

O governo também tenta adiar a tramitação e condiciona o envio da mensagem oficial a uma conversa entre Lula e o presidente do Senado, Davi Alcolumbre, conforme divulgado pelo Estadão/Broadcast.

Estratégia de pressão direta

Messias marcou o maior número possível de reuniões, incluindo senadores contrários, e segue insistindo por telefone quando não é recebido, na esperança de converter votos individuais.

Apoio do STF e articulação parlamentar

Nos últimos dias ministros como André Mendonça, Cristiano Zanin, Gilmar Mendes e Kassio Nunes Marques ligaram a senadores pedindo apoio ao indicado, ação considerada relevante pela equipe de Messias.

Resistência no Senado e risco de adiamento

Partidos como PL, PSD e MDB mantêm posição de voto pessoal e secreto, e a indicação depende de conquistar 41 votos, enquanto o envio formal da mensagem ainda é debatido na base governista.

Relação entre Executivo e Senado

Há tensão entre o Planalto e Davi Alcolumbre, que criticou a condução do processo; o governo afirma buscar uma conversa entre Lula e o presidente do Senado para tentar diminuir o conflito.

Desafios para aprovação

O relator Weverton descreveu a missão como uma ‘granada sem pino’, referindo-se à dificuldade de convencer colegas, e Otto Alencar, presidente da CCJ, coordena a sabatina que pode definir o rumo da indicação.