Militares canadenses planejaram ‘milícia antigovernamental’, diz polícia
Quatro homens, incluindo dois membros das Forças Armadas Canadenses, foram acusados de suposta conspiração para criar uma “milícia antigovernamental” e tomar terras “à força” no Canadá.
De acordo com a ‘BBC’, a diz a Royal Canadian Mounted Police (RCMP), disse que três dos suspeitos participaram de treinamento de estilo militar, exercícios de tiro e operações de reconhecimento na área da Cidade de Quebec como parte do suposto plano.
Os investigadores revelaram que o grupo também teria armazenado dispositivos explosivos, dezenas de armas de fogo e milhares de cartuchos de munição, todos apreendidos pela força policial canadense.
Os quatro acusados foram presos e devem comparecer ao tribunal da Cidade de Quebec na próxima terça-feira.
Entre os acusados estão Marc-Aurèle Chabot, 24, e Raphaël Lagacé, 25, ambos da cidade de Quebec, bem como Simon Angers-Audet, 24, de Neuville. O trio é acusado de tomar “ações concretas para facilitar atividades terroristas”, disse a Polícia em seu comunicado à imprensa.
Um quarto homem, Matthew Forbes, de 33 anos, de Pont-Rouge, também foi indiciado em relação a suposta conspiração.
Ainda segundo a ‘BBC’, a polícia informou que apreendeu com os homens diversas armas, munições, explosivos e equipamentos militares.
A Royal Canadian Mounted Police disse que o grupo pretendia “tomar posse à força de terras na área da Cidade de Quebec”, mas que os homens não revelaram as motivações para o complô.
A polícia acrescentou que um dos suspeitos criou uma conta no Instagram “com o objetivo de recrutar novos membros para a milícia antigovernamental”.
Em um comunicado, as Forças Armadas Canadenses confirmaram que dois de seus membros ativos estavam entre os quatro que foram presos e acusados, embora não tenham divulgado seus nomes.
“As Forças Armadas Canadenses estão levando essas alegações muito a sério e participaram totalmente da investigação”, disse.
As prisões ocorrem em meio à pressão sobre as forças armadas canadenses para combater o extremismo internamente. Um relatório de 2022 do painel consultivo militar sobre racismo e discriminação sistêmicos descobriu que o número de militares com laços com grupos extremistas estava aumentando.
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