Juscelino Filho, titular das Comunicações, teria escondido 2 milhões de reais em cavalos de raça; investigação da PGR aponta suspeitas de corrupção e desvio de recursos públicos

Por Cláudio Ulhoa

A Procuradoria Geral da República (PGR) deve intensificar as investigações contra o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, suspeito de corrupção e desvio de recursos públicos. O caso ganhou força após a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro ser concluída. Juscelino, que já havia sido indiciado pela Polícia Federal em junho de 2024, é acusado de ocultar um patrimônio estimado em 2 milhões de reais, supostamente investido em cavalos de raça.

As acusações contra o ministro envolvem o período em que ele atuava como deputado federal, revelando um possível esquema de superfaturamento em compras de animais. Interlocutores próximos ao PGR, Paulo GoNet, afirmam que há provas substanciais contra Juscelino, contrastando com a denúncia contra Bolsonaro, apontada como frágil. A expectativa é que uma decisão sobre o caso seja tomada ainda neste semestre.

A situação gera desconforto no governo Lula, que poderá enfrentar um desgaste ainda maior caso a denúncia avance. Para analistas políticos, a permanência de Juscelino no cargo, mesmo diante dos escândalos, levanta suspeitas sobre sua influência nos bastidores. O silêncio de lideranças petistas e a falta de explicações públicas reforçam as críticas de que o governo estaria priorizando alianças políticas em detrimento da transparência.