Ação da Trump Media expõe crise institucional brasileira ao mundo e questiona atuação da AGU como escudo político do STF

Por Cláudio Ulhoa

A intimação do ministro Alexandre de Moraes pela Justiça da Flórida, em ação movida pela Trump Media e pela plataforma Rumble, representa mais que um embate judicial: é um reflexo do abismo democrático que o Brasil parece cavar com as próprias mãos. Acusado de censura internacional, Moraes terá 21 dias para responder formalmente ou será julgado à revelia.

O mais chocante, no entanto, é a postura da Advocacia-Geral da União. Em vez de se manter neutra, a AGU decidiu agir como linha de defesa do ministro, num movimento que evidencia a perigosa fusão entre governo, Judiciário e interesses partidários.

Enquanto isso, o Congresso assiste calado, e a população, desinformada, segue à mercê de decisões unilaterais. A liberdade de expressão, base de qualquer democracia, foi relativizada em nome de uma guerra política disfarçada de combate à desinformação.

Se nem os Estados Unidos, com sua Constituição robusta, toleram esse tipo de abuso, por que seguimos aceitando a normalização da censura e da perseguição política? O Brasil precisa acordar antes que a exceção vire regra.

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