O banco, que conseguiu se desenvolver e expandir seus negócios e serviços para outros Estados e países, está entre os pontos positivos do governo, por outro lado, candidatos da oposição tentam diminuir a instituição dizendo que ela deixou de ser pública
Por Cláudio Ulhoa / Ricardo Ulivestro
O Banco de Brasília (BRB) fechou 2021 com lucro líquido de R$ 608 milhões, o que representa crescimento de 35,2% na comparação com 2020. Além disso, a instituição financeira também ampliou suas linhas de negócio nos últimos anos, saiu de 625 mil clientes para mais de 4,2 milhões e está presença em 91% dos municípios do país.Mesmo assim, o banco deverá, pelo que tudo indica, ser um dos pontos em que os adversários de Ibaneis Rocha (MDB), candidato à reeleição, enfrentará na disputa pelo Palácio do Buriti.
Liderando as pesquisas de intenção de voto, Ibaneis já encontrou, em seu agora principal oponente, o empresário Paulo Octávio (PSD), que está em segundo lugar nas pesquisas, as primeiras críticas com relação ao BRB.
Mas não é só Paulo Octávio que tem criticado o governador em relação ao banco. O também candidato ao governo do DF, Leandro Grass, que disputa pela federação PT-PV-PCdoB também disse que o BRB sob a gestão de Ibaneis deixou de ser um banco público para ser um banco privado, atendendo especialmente os gostos do governador. A crítica, nesse caso, é com relação à parceria que o BRB tem com o flamengo, que é o time para qual Ibaneis torce.
Esses relatos comprovam que o governador irá enfrentar essas acusações durante toda a campanha eleitoral. Se a iniciativa terá ou não sucesso, ainda não dá para saber, mas uma conclusão é certa: Ibaneis já está acostumado com essas críticas e dificilmente elas afetarão sua campanha, uma vez que a vida da população está ligada a outros problemas sociais que passam longe das alçadas do BRB.
Na visão de Ibaneis, conforme já fora declarado por ele diversas vezes, o BRB é um banco público, porém, é um banco que precisa se desenvolver, fazer negócios e crescer financeiramente. E no atual sistema econômico, como sabemos, não existe crescimento sem expansão. Daí todo apoio que o governo deu e tem dado à expansão física e digital do BRB.
“Ver o BRB crescendo, subindo e aparecendo em rankings nacionais pela produtividade e lucro que é revertido para a população nos coloca em posição de dizer que não há possibilidade de abrir mão de um banco público como esse”, disse o governador, em junho deste ano, durante a inauguração da nova sede da plataforma Corporate do BRB.
Se por um lado o BRB lançou sua plataforma digital de investimentos, fez parceria com o time oficial do Flamengo, ampliou os negócios para outros Estados, como Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Tocantins, Rio de Janeiro, São Paulo e Minas Gerais, e também outros países – são 39 países, distribuídos por todos os continentes –, por outro, o banco teve papel decisivo na vida da população do DF através do auxílio às políticas públicas implantadas pelo governo de Ibaneis durante à pandemia de covid-19.
Foi o BRB o responsável por distribuir e pagar os benefícios sociais desenvolvidos pelo governo, como o Cartão Prato Cheio, o Cartão Creche, o Cartão Gás, além de também ter atuado no plano da micro e macroeconomiacom as linhas de créditos por meio dos programas Supera, Acredita e Avança DF, que juntos movimentaram R$ 12,3 bilhões em créditos para 282 mil clientes pessoas física e jurídica.
Portanto, todo esse panorama de críticas contra a gestão do BRB, que atualmente é presidido por Paulo Henrique Costa, pode até servir de munição contra a candidatura de Ibaneis, mas sem muito poder de causas danos, uma vez que a própria população do DF respondeu, em pesquisa do dia 19 de julho passado, que confia no Banco de Brasília (BRB). A pesquisa Metrópoles/Ideia mostrou que 52,3% consideram o BRB uma instituição confiável.
Vale ressaltar que BRB é um banco público, que tem o GDF como principal acionista. Portanto, maior parte do lucro do banco é repassado aos cofres públicos, já que mais de 90% das ações do banco são do GDF.
