DF Soberano

Pix registra maior queda de transações desde sua criação

Após três anos de crescimento contínuo, sistema de pagamentos apresenta recuo de 8% em dezembro, refletindo impactos da inflação e mudanças no consumo

Após se consolidar como uma das principais formas de pagamento no Brasil, o Pix registrou, em dezembro de 2024, a maior queda de transações desde sua criação, há três anos. Segundo dados do Banco Central, o volume de transferências caiu 8% em relação ao mês anterior, marcando uma desaceleração incomum para o sistema que revolucionou a economia digital no país.

Especialistas apontam que o recuo pode estar relacionado ao período de festas de fim de ano, quando o consumo tende a ser substituído por gastos direcionados a compras parceladas e uso de cartões de crédito. Além disso, o aumento da taxa Selic e a inflação impactaram o poder de compra dos brasileiros, refletindo diretamente no uso de serviços financeiros.

O Pix, conhecido por sua eficiência e instantaneidade, movimentou R$ 1,6 trilhão em novembro, mas o montante em dezembro não superou R$ 1,5 trilhão. Apesar disso, o sistema continua sendo uma ferramenta essencial para pequenos e médios empreendedores, que dependem de sua agilidade para operações diárias.

A queda acende um alerta sobre a necessidade de monitorar o comportamento do mercado, especialmente em um cenário econômico de recuperação. No entanto, especialistas garantem que o Pix ainda possui um papel consolidado e deve manter sua relevância em 2025, adaptando-se às novas dinâmicas financeiras e necessidades da população.

O Banco Central não se manifestou sobre mudanças ou ajustes no sistema, mas segue promovendo a ampliação de sua funcionalidade, como o Pix Garantido e o Débito Automático, previstos para os próximos meses.

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