Polícia Federal encerra inquérito controverso e inclui Bolsonaro em lista de investigados
Compartilhar
Ex-presidente questiona imparcialidade da investigação e reforça compromisso com a democracia, enquanto aliados denunciam viés político nas acusações
Por Cláudio Ulhoa
A Polícia Federal (PF) concluiu o inquérito sobre atos classificados como antidemocráticos, incluindo o ex-presidente Jair Bolsonaro entre os 37 indiciados. A investigação, que durou dois anos e resultou em um relatório com mais de 700 páginas, foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), sob a relatoria do ministro Alexandre de Moraes.
A PF alega que o grupo tinha o objetivo de manter Bolsonaro no poder de forma ilegal, apontando supostas divisões internas de tarefas, como desinformação, incitação militar e ações operacionais. O documento ainda menciona um controverso plano para assassinar autoridades, mas as provas divulgadas levantam dúvidas sobre a solidez das acusações.
Bolsonaro e aliados já negaram qualquer envolvimento em atos golpistas. Advogados do ex-presidente questionam a imparcialidade da investigação, alegando que ela é politizada e visa enfraquecer adversários de grupos no poder. Além disso, o relatório resgata eventos de 2022, como reuniões no Palácio do Planalto, mas críticos apontam falta de evidências conclusivas que conectem diretamente Bolsonaro a ações ilegais.
Em meio às acusações, o ex-presidente mantém apoio popular expressivo e reafirma seu compromisso com a democracia. Ele classifica o inquérito como parte de uma campanha para desmoralizá-lo e desviar o foco dos reais problemas do país.
Aguardam-se os próximos desdobramentos, com Bolsonaro reafirmando sua disposição de esclarecer os fatos e enfrentar o que considera acusações infundadas.