Decisão do STF repercute politicamente e impacta dinâmica do partido em ano eleitoral
Por Cláudio Ulhoa
O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar da Costa Neto, teve sua prisão preventiva decretada pelo Ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. A medida ocorreu após a realização da operação Tempos Verdade, que investigava uma suposta tentativa de golpe de estado. Durante as buscas em sua residência, autoridades encontraram uma arma registrada, porém com o registro vencido, pertencente ao filho de Valdemar, além de uma pepita de ouro de aproximadamente 40g e 95% de pureza.
Vale ressaltar que a arma apreendida não era ilegal, sendo devidamente registrada, mas estava com o registro vencido.
Esses achados levaram à imputação de crimes de porte ilegal de arma e usurpação mineral contra Valdemar. Apesar de não ser o alvo inicial da operação, sua situação foi considerada inafiançável, e ele foi mantido sob custódia na Superintendência da Polícia Federal. Além dele, outras prisões foram mantidas durante as audiências de custódia, incluindo ex-assessores do ex-presidente Jair Bolsonaro, suspeitos de envolvimento no mesmo caso.
A decisão do STF de transformar a prisão em preventiva causa repercussão política, especialmente em ano eleitoral. Com as eleições municipais se aproximando, o PL se vê em uma situação delicada, pois a medida impede Valdemar de se comunicar com Bolsonaro, um dos principais líderes políticos do país e seu maior cabo eleitoral. Isso pode afetar significativamente a dinâmica do partido nas eleições municipais, trazendo desafios adicionais para a legenda. A defesa de Valdemar ainda não se pronunciou sobre o caso.