Ricardo Cappelli usa festa gratuita para 1.500 pessoas como palanque eleitoral, levantando suspeitas de abuso de poder econômico
O ex-interventor da segurança pública do DF, Ricardo Cappelli, parece não estar muito preocupado com a legislação eleitoral. Nesta terça-feira (13), Cappelli usou a celebração do seu aniversário como fachada para promover um evento no Clube do Choro, oferecendo entrada gratuita para cerca de 1500 convidados, com direito a artistas contratados, banda ao vivo e distribuição de bebidas. O evento, apelidado de “Sambão do Cappelli”, escancara uma estratégia de campanha eleitoral antecipada, algo vedado pela legislação vigente.
A propaganda eleitoral só é permitida a partir de 16 de agosto do ano da eleição, conforme as normas do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). No entanto, ações que, direta ou indiretamente, visam angariar apoio e influenciar eleitores antes desse período podem ser enquadradas como campanha antecipada e abuso de poder econômico. O caso de Cappelli levanta um questionamento fundamental: quanto foi gasto nesse evento e, principalmente, quem pagou a conta?
A realização de uma festa desse porte, com estrutura profissional e gratuidade para os convidados, levanta suspeitas de financiamento irregular e pode configurar abuso de poder econômico. O episódio coloca em xeque a lisura da futura campanha de Cappelli, que parece já testar os limites da lei eleitoral antes mesmo do início oficial do pleito. O Ministério Público Eleitoral deve estar atento a esse tipo de manobra, garantindo que a disputa eleitoral ocorra dentro da legalidade e sem privilégios indevidos.