Santos vê leilão como 'protocolo' e não deve perder terreno do CT Rei Pelé
(UOL/FOLHAPRESS) – O Santos não teme a perda do terreno do CT Rei Pelé. A área foi colocada à venda em leilão autorizado pela SPU (Secretaria de Patrimônio da União).
O Peixe entende que o leilão é um “protocolo”. O clube da Vila Belmiro tem a preferência pela compra do terreno que custará cerca de R$ 69 milhões.
“É apenas um protocolo. O Santos já exerceu seu direito de preferência”, afirma Marcelo Teixeira, presidente do Santos, em breve contato com a reportagem.
O edital ainda não foi disponibilizado, mas o Peixe se organiza para pagar pelo terreno com a ajuda de uma instituição financeira. É preciso pagar uma entrada de 10% do total. E o restante em dois meses após o fim da licitação.
O Peixe se movimentou de diferentes formas para não temer a perda dessa área. O principal interlocutor foi Júnior Bozzella, ex-deputado e assessor do presidente Marcelo Teixeira. Ele teve reuniões em Brasília para garantir a preferência do clube e em Santos para que um projeto de lei limite o terreno a interesse esportivo, diminuindo a concorrência.
O CT Rei Pelé é de responsabilidade do Santos desde 1996, mas pertence à União em concessão pública. A área é de 39 mil m².
O Peixe não cumpriu, em outras gestões, a compensação social para renovar a concessão por 30 anos. Desde então, a SPU pressiona o clube para vender o terreno. O Santos ganhou tempo, articulou a preferência e agora aguarda o leilão de “cartas marcadas” para adquirir a área.
O planejamento santista é usar o CT Rei Pelé para a base e feminino a partir do segundo semestre de 2026. O elenco profissional treinaria no CT em Praia Grande, em um projeto comandado por Neymar Pai em parceria com o Grupo Peralta. As obras serão iniciadas em breve.