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quinta-feira, 19 setembro, 2024 - 22:06 PM
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Saúde vacina indígenas do Santuário dos Pajés

Equipe de Saúde da Família acompanha, frequentemente, a população local

Setenta e oito indígenas moradores do Santuário dos Pajés, localizado no Setor noroeste, foram vacinados, nesta quarta-feira (8), contra o vírus Influenza. A iniciativa foi da equipe da Estratégia Saúde da Família (ESF), da Unidade Básica de Saúde (UBS) 2, da Asa norte.

Entre os imunizados estavam crianças, jovens, adultos e idosos das etnias Guajajara, Kariri-Xocó, Tuxá, Borolo, Apixana e Fulni-ô. Os moradores também foram beneficiados com serviços voltados, em sua maioria, à saúde da mulher e da criança, como consultas de pré-natal e de nutrição.

Uma das atendidas foi Marivane Lopes, 19 anos, da aldeia Teko Haw, onde ficam os Guajajara. Ela foi vacinada e aproveitou a oportunidade para levar seu filho Haru, de quatro meses, para se consultar com o médico de família e comunidade.

“O médico receitou um antibiótico para ele, e ajudou. Como há uma dificuldade de transporte da aldeia até o posto, e muitos aqui não falam português direito, é muito bom para nós o fato de eles virem até aqui”, elogiou.

Quem também aprova a iniciativa é o cacique Francisco Filho Guajajara, que foi um dos vacinados. De acordo com ele, cerca de 180 pessoas vivem somente na aldeia Teko Haw, mas como a população é flutuante, são necessárias novas visitas em outros horários. “É muito bem-vinda a chegada da vacinação. Como há pessoas aqui que não têm condições de pagar por um médico particular, ações como essa são muito importantes”.

A expectativa é de que os profissionais de saúde da equipe da UBS 2 da Asa norte voltem ao Santuário dos Pajés na próxima quarta-feira (15). As ações continuarão ao longo da Campanha Nacional de Vacinação contra o vírus Influenza, que vai até 31 de maio.

VOLTA PARA CASA — Um dos que acompanharam a vacinação foi o diretor do Hospital Regional da Asa norte (Hran), Josinaldo Cruz, representando a Superintendência da Região de Saúde Central. Para ele, que foi o primeiro médico indígena formado na Universidade de Brasília (UnB), a ação representa uma volta para casa.

“Agora, depois de formado, estou me sentindo como se estivesse voltando para casa, de certa forma. Apesar de o meu povo ser de Pernambuco, da etnia Atikun, nos consideramos como parentes. É uma sensação ímpar, e uma forma de mostrar que o governo está presente em todos os locais”, contou.

PARCERIA — Na ação, estudantes da Universidade de Brasília (UnB), de vários cursos, como Psicologia, Enfermagem e Serviço Social, também acompanharam as medidas de atenção à saúde junto à população indígena do Santuário dos Pajés. A participação deles é fruto de uma parceria firmada entre a Diretoria de Atenção Primária (Diraps) da Região de Saúde Central com a universidade.

“Essa ação com a UnB acaba auxiliando na formação de profissionais com um olhar diferenciado, pois, a saúde pública não pode ser vista com um único olhar. É preciso considerar os aspectos mais específicos da população indígena, e com essa parceria, isso ajuda muito”, explica a diretora de Atenção Primária da Região Central, Fernanda Ramos.

Leandro Cipriano, da Agência Saúde.

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