Trata-se de hospitais especializados, como as unidades geriátricas, destinadas exclusivamente ao tratamento de pacientes idosos; ‘ter serviços vocacionados porque, com certeza, nós vamos ter uma economia de escala e um cuidado de profissionais treinados’
Por Cláudio Ulhoa
Em entrevista à nossa reportagem, nesta segunda-feira (27), a secretária de Saúde do Distrito Federal, Luciene Florêncio, disse que a discussão sobre a construção de hospitais vocacionados na rede pública do DF, como os hospitais geriátricos, já ocorre na secretária há anos. De acordo com ela, trata-se de uma proposta pertinente e que está sendo estudada pela atual gestão para que colocada em prática. Mas ela ressalta, que isso seria uma medida de longo prazo.
“Eu defendo a ideia de que a gente tenha um hospital de longa permanência. A gente já tem um hospital de apoio, que é um hospital onde os doentes têm uma reabilitação, são os doentes que precisam do paliativismo. Porque eles precisam de um olhar diferente, de uma sensibilidade diferente. Então, seria mais por esse conjunto”, afirma a secretária.
Luciene Florêncio explica que os hospitais vocacionados, no caso do geriátrico, também chamado de “hospitais de longa permanência”, são unidade de tratamento para público específico, o que já ocorre hoje com o Hospital da Criança de Brasília, e também ocorrerá assim que a construção do hospital oncológico for concluída.
“Você ter serviços vocacionados porque, com certeza, a gente vai ter uma economia de escala e um cuidado de profissionais treinados”, ressalta.
O mesmo pode, ela ainda explica, pode ocorrer com a implantação de hospitais da mulher e também para pacientes terminais.
A especialização do atendimento, explica Florêncio, também contribui para uma maior organização no sistema público de saúde que passa a contar com atendimentos setorizados, que por sua vez, seriam encaminhados por equipes de saúde da atenção primária.
Na prática, lembra a secretária, isso já acontece no DF, por meio, por exemplo, dos Centro de Especializados de Odontologia – no mês de junho foi assinado um acordo de gestão local deste serviço para que ele seja ampliado – ou no Hran, onde há tratamento especializado de pacientes com queimaduras. “São serviços que são especializados, assim como um hospital geriátrico”, diz.
*Cláudio Ulhoa – Jornalista membro da Associação Brasileira de Portais de Notícias – ABBP
