DF Soberano

Sem impeachment, sem anistia | o jogo político continua

Enquanto oposição e governo duelam, Congresso mantém jogo de conveniências e decisões seguem indefinidas

Por Cláudio Ulhoa

O debate sobre o impeachment de Lula e a anistia dos presos do 8 de janeiro evidencia a fragilidade do cenário político brasileiro. De um lado, a oposição busca desgastar o governo com um pedido de impeachment, baseado em supostas irregularidades no programa Pé-de-Meia. Do outro, aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro pressionam pela anistia daqueles que participaram dos atos de invasão às sedes dos Três Poderes.

A realidade é que nenhum dos dois temas avança com força suficiente. O impeachment de Lula carece de apoio político sólido, já que a base do governo ainda se mantém coesa, apesar das dificuldades. Ao mesmo tempo, a anistia enfrenta resistência da esquerda, que vê a medida como um risco à democracia.

O discurso de “sem impeachment e sem anistia” não é apenas um retrato da polarização nacional, mas uma amostra de que, no Brasil, o jogo político segue guiado por conveniências. O Congresso hesita em tomar decisões definitivas e prefere manter as cartas na mesa, aguardando a direção dos ventos.

Enquanto isso, o país segue refém de disputas políticas que pouco acrescentam ao cotidiano do cidadão comum. No fim, tanto impeachment quanto anistia parecem servir mais como peças de barganha do que como soluções reais para o país.

Sair da versão mobile