Shia LaBeouf faz acordo para encerrar processo judicial que o acusava de abuso
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O ator Shia LaBeouf, 38, e a cantora britânica FKA twigs, 36, chegaram a um acordo judicial que encerra oficialmente o processo de agressão sexual movido pela artista contra o ex-namorado. A informação foi confirmada pelo jornal The New York Times, que recebeu um comunicado conjunto divulgado por seus advogados nesta terça-feira (30), quase quatro anos após o início da ação.
A decisão ocorre depois que FKA twigs entrou com um pedido de arquivamento do caso na segunda-feira (29) na Justiça de Los Angeles. No processo aberto em dezembro de 2020, ela acusava o ator de “abuso físico e emocional implacável” durante o relacionamento que tiveram entre 2018 e 2019.
Na ação, FKA twigs afirmou que LaBeouf a teria estrangulado, ameaçado e isolado de amigos e familiares, além de supostamente ter lhe transmitido conscientemente uma doença sexualmente transmissível. As denúncias vieram à tona pouco após o término do relacionamento, iniciado durante as filmagens de “Honey Boy”, longa semiautobiográfico escrito e protagonizado pelo ator.
Apesar do encerramento formal da disputa, os termos do acordo não foram divulgados. “Eles optaram por seguir caminhos distintos e desejam um ao outro felicidade pessoal, sucesso profissional e paz no futuro”, diz o comunicado assinado pelos advogados Bryan Freedman, representante de twigs, e Shawn Holley, que defende LaBeouf.
Ao tornar públicas as denúncias, FKA twigs declarou em entrevista ao New York Times que seu objetivo era alertar outras vítimas sobre os mecanismos de controle e manipulação usados por agressores. “Mesmo sendo uma artista com visibilidade e rede de apoio, eu me vi presa em um ciclo abusivo. Decidi falar para conscientizar”, disse ela na época.
Na ocasião da abertura do processo, Shia LaBeouf reconheceu parte das acusações. Em e-mail enviado ao jornal norte-americano, ele disse: “Muitas dessas alegações não são verdadeiras. Não tenho desculpas para meu alcoolismo ou agressividade, só racionalizações. Tenho um histórico de magoar as pessoas mais próximas a mim e tenho vergonha disso.”
Após a repercussão, o ator se afastou do mercado e rompeu com sua agência, a CAA. Ele passou por tratamento especializado e voltou a atuar no longa “Megalópolis”, de Francis Ford Coppola, exibido este ano em Cannes.
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