tarifas têm motivação política e defende anistia

Publicado em: 12/07/2025 12:00

O senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) voltou a afirmar durante entrevistas a veículos de comunicação que a taxação de 50% imposta pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao Brasil possui um claro viés político. Ele vinculou a decisão à situação judicial de seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), e às ações do Supremo Tribunal Federal (STF), especialmente do ministro Alexandre de Moraes.

O senador disse à GloboNews que Trump teria levado em consideração os processos contra Bolsonaro ao decidir pela sanção, o que, para Flávio, revela o uso da medida como uma forma de pressão política. Ele também criticou a atuação do STF durante o governo do pai e durante as eleições de 2022.

“Todos sabemos que essa não é apenas uma sanção econômica. Há um claro componente político. Trump vê com clareza para onde o governo Lula está levando o Brasil”, declarou Flávio.

O senador citou como exemplo de interferência do Judiciário a decisão que impediu o então delegado Alexandre Ramagem de assumir a chefia da Polícia Federal durante o governo Bolsonaro. Para ele, decisões como essa contribuíram para o ambiente que resultou nas tarifas americanas.

Flávio voltou a defender uma anistia ampla para seu pai e para os envolvidos nos atos de 8 de janeiro de 2023. Ele responsabilizou diretamente o ministro Alexandre de Moraes pelos obstáculos ao avanço do projeto de anistia no Congresso, acusando-o de atuar para prejudicar a direita brasileira:

“Ele acorda e dorme pensando em como prejudicar Bolsonaro e a direita no Brasil”, disse Flávio Bolsonaro.

O parlamentar também saiu em defesa do irmão, Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está autoexilado nos Estados Unidos desde março deste ano e foi citado em investigações sobre articulações internacionais contra autoridades brasileiras. Flávio negou que Eduardo tenha influência direta sobre as tarifas impostas por Trump, mas confirmou que ele atuou para pressionar o governo americano por sanções a Moraes.

Sobre o posicionamento do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que tem buscado diálogo com os EUA para reverter o tarifaço, Flávio afirmou que ele está “no papel dele”, mas avaliou que a negociação tem pouca chance de sucesso diante do cenário atual.


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