Exames que antes demoravam 15 dias para serem liberados, poderão agora ter resultados em até 48 horas com testes feitos na própria capital
Por Cláudio Ulhoa
A Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF) informa que irá fazer os testes para identificação da varíola dos macacos já na próxima semana. Hoje, para testar algum paciente é preciso aguardar que as coletas sejam feitas e enviadas para o laboratório de referência do Ministério da Saúde, que fica na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), processo esse que dura 15 dias.
Agora, de acordo com a pasta, os exames passarão a ser realizados na própria capital com resultados em até 48 horas.
Os testes serão possíveis de serem feitos no DF porque, nesta terça-feira (26), a secretaria recebeu os reagentes, e os diagnósticos passarão ser realizados pelo Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen).
O Lacen tem capacidade inicial para analisar até 96 amostras semanalmente, podendo desafogar o laboratório do Ministério da Saúde. No Brasil, a varíola dos macacos já passou de 900 casos, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) reconheceu a doença como emergência global.
Dados da SES-DF mostram que, até o momento, a capital federal tem16 casos confirmados da varíola dos macacos, o que caracteriza como transmissão comunitária. Há ainda 40 casos sob investigação. Todos os pacientes são do sexo masculino, com idade entre 20 e 39 anos e residem em Ceilândia, Samambaia, Vicente Pires, Águas Claras, Núcleo Bandeirante, Park Way, Plano Piloto, Sudoeste/Octogonal, Itapoã e São Sebastião.
Quando ir ao médico?
Qualquer pessoa com lesões de pele como manchas e bolhas d’água, com ou sem pus, deve procurar atendimento. Um dos principais fatores de risco para a infecção é a relação sexual casual. Por isso, com parceiros ou parcerias desconhecidos, faça sexo com preservativo.
Os principais sintomas da varíola dos macacos são:
Dor de cabeça;
Dor nas costas;
Fraqueza intensa;
Febre acima de 38,5°C;
Dores musculares e no corpo;
Linfonodos inchados (caroços na pele);
Lesões de pele, que também podem afetar genitais e reto.
*Cláudio Ulhoa – Jornalista membro da Associação Brasileira de Portais de Notícias – ABBP