Com ingresso garantido, torcedor vende bilhete após passagens chegarem a R$7 mil; ele critica a elitização do futebol e escolhas de sedes distantes.

John Lennon Soares, advogado de Três Lagoas (MS) e sócio Avanti, chegou a garantir ingresso para a final da Libertadores por R$ 520. A viagem para Lima parecia certa até os custos e a logística tornarem a ida inviável.

As passagens aéreas chegaram a R$ 7 mil e a alternativa por ônibus exigia muitos dias fora de casa, o que pesou para quem é autônomo ou tem regime CLT. Soares decidiu vender a entrada por R$ 400 e aceitar o prejuízo.

A desistência reacendeu críticas à organização do torneio, que privilegia finais em sedes distantes. Soares afirma que o futebol ficou elitizado e que a escolha das cidades ignora a massa de torcedores.

Informações conforme divulgado pelo UOL/FolhaPress.

Motivos da desistência

Além do valor das passagens, o tempo afastado do trabalho foi determinante. Soares citou a impossibilidade de ficar cerca de dez dias fora, o que inviabilizou a viagem mesmo com ingresso em mãos.

Crítica à escolha das sedes

Soares questionou por que uma final entre clubes brasileiros foi marcada em Lima e sugeriu que opções como Argentina ou Paraguai seriam mais acessíveis. Ele acusa a Conmebol de priorizar o espetáculo midiático sobre o torcedor, segundo depoimento ao UOL/FolhaPress.

Impacto para torcedores

A venda do ingresso por valor menor expõe a dificuldade de acesso do torcedor comum. Custos com transporte, hospedagem e ingresso afastam a massa e transformam a experiência em privilégio de quem pode arcar com despesas altas.