Venezuela responde aos EUA com exercícios militares em ilha do Caribe
SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Venezuela iniciou nesta quarta-feira (17) exercícios militares na ilha La Orchila, no norte do país, em reação ao envio de navios de guerra dos Estados Unidos à região do Caribe. O anúncio foi feito pelo ministro da Defesa, Vladimir Padrino López, que classificou a medida como uma resposta à “voz ameaçadora e vulgar” de Washington.
Segundo López, as manobras incluem o deslocamento de sistemas de defesa aérea com drones armados, drones de vigilância e submarinos não tripulados, além da implementação de ações de guerra eletrônica. A televisão estatal exibiu imagens de embarcações anfíbias e navios de guerra mobilizados na região, na qual está localizada uma base estratégica da Marinha venezuelana.
Trump reabre base militar para ação contra Venezuela
A grande mobilização aeronaval do governo de Donald Trump contra os cartéis do narcotráfico da Venezuela, um exercício de pressão que ameaça a ditadura de Nicolás Maduro, fez os Estados Unidos reabrirem uma base que estava fechada havia 21 anos em Porto Rico.
A Estação Naval Roosevelt Roads, no território americano no Caribe, já foi o ponto focal de intervenções de Washington na região: ações militares contra Granada, Panamá, República Dominicana e Haiti tiveram a unidade como centro operacional.
Agora, o temor no governo em Caracas é que a movimentação mire retirar Maduro, que é indiciado por tráfico nos EUA e tem US$ 50 milhões (R$ 265 milhões hoje) oferecidos por pistas que levem à sua prisão, do poder. A ditadura diz que o interesse americano é pelas reservas de petróleo do país, as maiores do mundo.
Trump já anunciou três ataques contra embarcações que seriam de traficantes do cartel Tren de Aragua, que os EUA dizem ser controlado por Maduro, que nega. Ao menos 14 pessoas foram mortas, em ações discutíveis, já que o Congresso não as autorizou e o país não está em guerra.
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