Parlamentares viram imagens do segundo ataque no Caribe em que sobreviventes foram mortos; vídeo exibido por líderes militares gerou críticas e pedidos de transparência.

Militares de alto escalão dos Estados Unidos apresentaram a parlamentares um vídeo do ataque a uma embarcação no Caribe, em 2 de setembro, no qual sobreviventes de uma explosão teriam sido atingidos em um segundo ataque.

A filmagem foi mostrada pelo almirante Frank Mitchell Bradley e por Dan Caine ao Congresso, e provocou forte reação entre democratas, que apontam riscos legais e humanitários da operação.

O episódio, que resultou na morte de 11 pessoas, acontece no contexto de operações contra o tráfico de drogas na região; democratas exigem investigação e mais transparência, conforme divulgado pela FolhaPress.

O que as imagens mostram

Deputados relataram que o vídeo mostra pelo menos dois indivíduos em clara dificuldade de locomoção junto a uma embarcação destruída, e que foram mortos em um segundo ataque, situação que alarmou legisladores.

Reações no Congresso

O principal democrata do Comitê de Inteligência, Jim Himes, afirmou estar profundamente preocupado; Jack Reed pediu divulgação pública. Já republicanos como Tom Cotton defenderam a ação, alegando risco de recuperação de drogas.

Implicações legais e humanitárias

Especialistas citados por parlamentares lembram que o direito internacional humanitário proíbe ataques contra pessoas que não ofereçam perigo iminente; feridos têm proteção e matar sobreviventes pode configurar crime de guerra.

Pressão sobre autoridades

Há questionamentos sobre o papel do secretário de Defesa Pete Hegseth e do uso de informações sensíveis, enquanto líderes militares buscam justificar o ataque alegando que a embarcação ainda continha narcóticos.

O que vem a seguir

O Congresso deve avaliar solicitações por investigação e possível divulgação do material. Não há confirmação de que o vídeo será tornado público, apesar de declarações do presidente favoráveis à divulgação.