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terça-feira, 30 abril, 2024 - 21:34 PM
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O que diz o placar da Reforma Tributária?

A urgência de uma abordagem pragmática e centrada na resolução dos problemas nacionais

Por Luiz Carlos – discente de Ciência Política

Em primeiro lugar, Bolsonaro errou por não ter trabalhado para aprovar a Emenda à Constituição nº 45/19 e continua errando com seu radicalismo. O placar da Reforma Tributária revela que o bolsonarismo está desarticulado. A falta de uma base sólida de articulação dentro do Congresso Nacional dificulta seus planos de ser um líder da oposição. Além disso, a forma como Bolsonaro tem lidado com os partidos políticos e as negociações políticas tem sido pautada por atritos e conflitos, o que não favorece a construção de consensos necessários para avançar no embate político com o PT.

Alexis de Tocqueville, um importante pensador político do século XIX, em suas obras “A Democracia na América” (1835-1840) e “O Antigo Regime e a Revolução” (1856), alertou para os perigos do radicalismo político. Ele argumentou que, apesar de seus objetivos nobres, ele frequentemente leva à violência, à instabilidade e ao fracasso na construção de instituições políticas duradouras. Tocqueville acreditava que a mudança política e social deveria ocorrer de maneira gradual e por meio de reformas sensatas, em vez de revoluções abruptas.

Em segundo lugar, a insistência em viver de 2018 mostra que Bolsonaro ainda não entendeu que os tempos são outros. A polarização radical que marcou a campanha eleitoral de 2018 já não é mais adequada. O eleitor busca soluções pragmáticas e sensatas, que tragam estabilidade e segurança para a economia e para a saúde pública.

A radicalização que foi marca do PT nos anos 80/90, deixada de lado depois que chegou ao poder em 2003, e hoje adotada pelos bolsonaristas, é um ponto superado pelo eleitor. Ninguém quer saber de conflitos. O partido do Presidente Bolsonaro (PL) já não tem a mesma força e influência política que teve no passado, e suas estratégias políticas e discursos já não têm o mesmo apelo. O eleitor está em busca de um governo que seja capaz de oferecer respostas efetivas para os problemas do país, deixando de lado o enfrentamento ideológico.

Além disso, a pandemia da Covid-19 trouxe dias difíceis e incertezas para toda a população. O povo foi colocado em confinamento, com restrições em suas atividades diárias, e enfrenta uma profunda crise econômica e sanitária. Nesse contexto, o eleitor prioriza medidas que proporcionem tranquilidade e segurança.

Por outro lado, a Reforma Tributária, embora seja uma pauta importante para a retomada econômica do país, não parece estar alinhada com as demandas e necessidades da população neste momento. Pensando nisso, o bolsonarismo deveria construir uma agenda para debater as mudanças de cenário, visando construir pontes com outros atores políticos, olhando para 2026 e tendo como base o bem-estar da população.

Os eleitores querem, para 2026, um candidato que tenha propostas e projetos que demonstrem uma abordagem pragmática e centrada na resolução dos problemas do país, com ações concretas e resultados positivos. Neste quesito, o bolsonarismo deu um tiro no pé em relação ao Governador de São Paulo, Tarciso de Freitas (Republicanos). Toda essa batalha pela Reforma Tributária afasta e vai afastando Tarciso do bolsonarismo, e é latente que o Governador não gosta do radicalismo bolsonarista. O PT anda sonhando com o Governador.

Outra articulação errada do PL foi a filiação do Governador de Minas Gerais aos quadros dos partidos. Para alguns, é um recado ao Governador de São Paulo, um recado errado e em momento errado.

Portanto, os eleitores estão dispostos a superar as divisões ideológicas e apostar em governos que demonstrem a capacidade de oferecer soluções reais para os desafios nacionais, em prol do desenvolvimento e bem-estar da população.

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