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domingo, 19 maio, 2024 - 05:26 AM
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Polícia Federal revela financiamento do tráfico no plano de sequestro de Moro

Operação Sequaz prende nove suspeitos e descobre contabilidade do crime, comprovando uso de dinheiro do tráfico para financiar ações da quadrilha ligada ao PCC

Por Cláudio Ulhoa

Nesta quarta-feira, 22, a Polícia Federal realizou a Operação Sequaz, que resultou na prisão de nove suspeitos de planejar o sequestro do senador Sergio Moro. Durante a investigação, foram encontrados vários bilhetes e anotações que indicam que o tráfico de drogas financiou as ações da quadrilha ligada ao PCC. Um dos bilhetes, por exemplo, listou gastos de R$ 500 mil.

Os investigadores solicitaram à Justiça Federal a realização de diligências, alegando que o patrimônio em nome de terceiros é uma parte importante da ação policial para a completa desarticulação dos crimes investigados. A Polícia Federal destaca que, com a prisão dos líderes do grupo, o patrimônio é absorvido novamente pela organização criminosa para continuar praticando os mesmos delitos.

Os “cofres”, que são locais onde as armas da facção são armazenadas, pertenciam a “Nadim” e “Tobe”, ambos já mortos pelo PCC. Agora, eles estão sob a guarda de Janeferson Aparecido Mariano, o “Nefo”, principal articulador do plano de atentado contra Moro e um dos líderes da Restrita, núcleo do PCC encarregado de eliminar ex-integrantes da facção e atacar autoridades e agentes públicos.

Além dos investigados diretamente envolvidos com o planejamento do sequestro de Moro, a Operação Sequaz também mirou integrantes do alto escalão do PCC, que são apontados como mentores do atentado e atuam como líderes da Restrita.

Os áudios encontrados na nuvem de Claudinei Gomes Carias, o “Nei”, braço-direito de “Nefo”, foram citados pela PF como prova de que o dinheiro do PCC financiou o plano de sequestro de Moro. Em um dos áudios, “Nei” fala sobre uma prestação de contas que deve ser enviada no tempo certo, caso contrário, a financeira da Bolívia cobrará. Segundo a Polícia Federal, isso mostra que o dinheiro recebido pelos investigados vem do tráfico de drogas.

Os investigadores também encontraram indícios de que alguns integrantes da quadrilha desviaram valores para proveito próprio. Em uma das conversas, “Nei” encaminha uma prestação de contas com números que causam estranheza a seu interlocutor, ainda não identificado pelos investigadores.

Com base nessas evidências, a Polícia Federal argumentou que a indisponibilização dos bens seria “relevantíssima”, pois, com a prisão dos integrantes do grupo, esses objetos voltarão para a organização e continuarão financiando atividades criminosas desse tipo.

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