Alta de 46% na saca reflete problemas climáticos e demanda global crescente, elevando custos para consumidores e desafiando produtores

O mercado de café brasileiro viveu um início de 2025 marcado por uma disparada nos preços, atingindo um recorde histórico. Em janeiro, a saca de café chegou a ser negociada por R$ 53,90, um salto significativo em comparação aos R$ 36,80 registrados em dezembro de 2023. Esse aumento de aproximadamente 46% reflete um cenário de desafios enfrentados pelo setor.

A alta é atribuída a fatores como as condições climáticas adversas que afetaram drasticamente a produção nas principais regiões cafeeiras do país. A seca prolongada, por exemplo, reduziu a oferta, pressionando os preços no mercado interno e externo. Além disso, a demanda global pelo produto não demonstra sinais de arrefecimento, contribuindo para a escalada dos valores.

Embora o aumento dos preços possa representar um alívio para os produtores após anos de margens apertadas, a preocupação com a sustentabilidade desse cenário é crescente. O consumidor final já sente o impacto no bolso, com o café mais caro nas prateleiras dos supermercados e nas cafeterias.

Especialistas apontam que o desafio agora é equilibrar a oferta e demanda para evitar novos aumentos abruptos. Investimentos em tecnologias de irrigação e práticas agrícolas mais resilientes às mudanças climáticas são algumas das alternativas consideradas para mitigar os efeitos das adversidades futuras.

O mercado segue atento às movimentações, na expectativa de que os preços encontrem um ponto de equilíbrio que beneficie toda a cadeia produtiva.